Resenha

O Primeiro Vampiro
Autora: Ewerton Carvalho
Páginas: 448
Ano de lançamento: 2015
Editora Novos Talentos da Literatura Brasileira

Livro cedido pelo autor
[SINOPSE] Criado pela feiticeira Baba, Ohrí, aos cinco anos, conhece poções que curam e matam. Levado por uma caravana cigana, é escravizado por um duque em seu castelo. Caindo nas graças do Conde Wladimir, ele conhece a vingança na forma mais fria. Ao ser libertado, Ohrí encontra Khoran, um velho andarilho que o leva ao último refúgio dos celtas e druidas, nos confins da Irlanda. No povoado paradisíaco, Hy Breasail, a magia e a realidade se misturam e, após várias provações, Ohrí se torna adulto e é batizado com o Alkahest, o sal da vida. Porém, a morte de um ente querido o faz partir para fugir da dor e buscar, de novo, a paz. Em vez disso, ele encontra a guerra nas Cruzadas ao lado de Ricardo Coração de Leão. Agraciado com uma dádiva enviada das estrelas, Ohrí encontra a tão procurada paz. No entanto, ela não dura muito e um chamado irrecusável o leva a uma armadilha que o faz se considerar o culpado pela tragédia. Acreditando ser detentor de alguma maldição, parte em busca de respostas. 
[COMENTÁRIOS]Quando lemos o título do livro, pensamos: “Nossa! Mais um livro sobre vampiros”. Bem, na verdade, o autor, Ewerton, com certeza saiu dos clichês contemporâneos de estórias sobre vampiros. Não que ele tenha revolucionado, mas trouxe o clássico contado de uma maneira única.


Em sua narrativa percebemos principalmente a riqueza de detalhes não só físicos, mas também emocionais. Ele nos conta a estória de Ohrí desde de o início de sua vida, como foi conturbada e triste sua infância (na verdade isso não mudou tanto no decorrer do livro), até sua vida adulta. Uma vida cheia de acontecimentos inesperados, dolorosos, com muitas perdas, escravidão, mas também com superação e amor. Ohrí com certeza é um personagem que foi cautelosamente pensado e narrado de uma maneira que pudéssemos sentir seu caráter, suas alma, seus defeitos e qualidades.

O gostoso de ler esse livro é como podemos sentir o local da cena descrita, como o autor viaja nesse mundo místico e ao mesmo tempo nos trazendo para o real como a presença do Rei Ricardo Coração de Leão, além disso nosso personagem principal nunca está parado no desenrolar da estória que se passa em vários lugares, nos entretendo ainda mais sem deixar que caia num clima monótono, apesar de que monótono não é uma palavra que pode se encaixar muito bem nesse livro. O autor nos traz uma riqueza de conhecimento sobre a cultura passada nessa época e locais, que nos deixa boquiabertos por tamanha dedicação, pois nos deixa tão próximos da narrativa que quase entramos dentro dela.

Nosso querido Ohrí, passa por maus momentos, mas sempre surgem os bons. Nos mostra como a vida pode ser dolorosa, contudo, há sempre um caminho e opções que surgem para que haja sempre algo bom, algo que nos levante e tenhamos novamente objetivos.
“Dorme, meu filho / Nas nuvens do céu / Dorme, meu filho / Que as fadas estão a trazer / O mais forte leite / E o mais puro mel ...” 
A única observação que tenho sobre o livro é apenas sobre o início da narrativa: as primeiras páginas, pra mim, foram um pouco cansativas, na parecia que ia acontecer nada inesperado,  e em alguns momentos achava que uma cena não seguia a outra, como se não houvesse palavras e frases coerentes de transição e que apesar de ter falando anteriormente que a palavra “monótono” não se encaixa no livro, fiquei um pouco descansada para ler o início. Maaaaaas, depois, com decorrer do livro joguei essa palavra fora, e acrescentei várias outras qualidades. Com uma vastidão de sentimos, misticismo, lutas, posso dizer que o livro me encantou, até poesia que gosto muito encontramos de forma graciosa se moldando ao narrar da estória.
O que posso dizer... Recomendadíssimo!

NOTA:🌟🌟🌟🌟(4/5)
O livro é ÓTIMO.

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